Energia limpa torna o Brasil um polo de atracão de indústrias 

O Brasil é um dos países com maior potencial para liderar a transição energética global, graças à sua matriz elétrica majoritariamente limpa e renovável. Com mais de 55% de toda sua potência instalada fornecida por usinas hidrelétricas, o Brasil vem investindo, e se destacando, cada vez mais em outras duas fontes: a solar e a eólica.


Nesse sentido, a diversidade e a abundância de recursos naturais e o avanço tecnológico podem colocar o Brasil na vanguarda das soluções sustentáveis. Por sua matriz limpa, o País se torna cada vez mais atrativo para a instalação de grandes indústrias globais, que consomem uma quantidade relevante de energia em seu processo produtivo e precisam recorrer a fontes renováveis para efetivar sua transição energética.


Carlos Fadigas, CEO e fundador da CF Partners, explica neste espaço quais as vantagens do Brasil com relação à transição energética, as oportunidades que o País passa a ter e os diferenciais em comparação com a Europa.


Quais as vantagens do Brasil com relação à matriz elétrica nacional?

 

Carlos Fadigas: No contexto atual, a energia renovável brasileira é uma vantagem significativa para atração de investimentos. A matriz elétrica brasileira é formada por mais de 85% de fontes renováveis, isso não é comum em outros países.


O Brasil gera energia a partir de hidrelétricas, de energia solar, eólica e biomassa, por exemplo. E essa energia renovável e disponível é um importante elemento, pois ajuda a trair a indústria internacional de várias formas.  

 

O Brasil pode contribuir com as metas ambientais dessas indústrias?

 

Carlos Fadigas: Com certeza. Todas as grandes indústrias globais têm suas metas de transição energética e precisam cada vez mais consumir energia de fontes renováveis. Muitas dessas empresas já se comprometeram publicamente a consumir energia gerada de forma sustentável, e o Brasil é um dos países mais competitivos nesse sentido.  


O Brasil pode ser considerado mais competitivo do que a Europa quando se trata da produção de energia limpa?

 

Carlos Fadigas: Sim. Na matriz elétrica da União Europeia aproximadamente 60% é suja, ou seja, aproximadamente 60% da eletricidade têm como origem fontes fósseis. Já o Brasil está exatamente na ponta contrária, com 85% de sua matriz elétrica composta por fontes limpas.

Desta forma, temos um importante diferencial competitivo para atrair indústrias que consomem energia, do ponto de vista ambiental, social e econômico.