Brasil alcança a 6ª posição no ranking mundial de energia eólica

O Brasil é considerado um país relevante na transição energética do planeta. Não somente pelas suas dimensões continentais e potencial econômico, mas principalmente por possuir recursos renováveis abundantes para a geração de energia limpa. Além das fontes hidrelétrica e solar fotovoltaica, outro segmento que utiliza recursos naturais para gerar energia elétrica vem crescendo e se destacando nos últimos anos: a energia eólica. 


O País ocupa, atualmente, a 6ª posição no ranking mundial de capacidade instalada de geração de energia eólica. E há potencial para evoluir ainda mais e subir alguns degraus no ranking.

 

Carlos Fadigas, CEO e fundador da CF Partners, explica neste espaço quais fatores levaram o Brasil a alcançar essa posição de destaque e qual o papel que a energia eólica deve desempenhar na matriz energética brasileira nos próximos anos.   

 

Qual o papel da energia eólica no Brasil atualmente?   

Carlos Fadigas – A energia eólica, junto de outras fontes renováveis como a hidrelétrica e a solar, são essenciais para que o Brasil possa realizar a transição energética. Em 2022, por exemplo, o País apresentou crescimento de 20% dessa fonte e superou a marca de 900 usinas de energia eólica, o que contribuiu para alcançar a 6ª posição no ranking global em capacidade instalada.  


Qual a capacidade atual dessa fonte e o que podemos esperar para os próximos anos? 

Carlos Fadigas – O Brasil tem atualmente cerca de 26 gigawatts (GW) de capacidade instalada para geração de energia eólica e possui um potencial muito maior. Estima-se que, conceitualmente, o país poderia ter até 700 GW de capacidade. Trata-se de um potencial muito relevante, maior até que toda a nossa demanda. Isso mostra como somos privilegiados do ponto de vista de recursos naturais. 


Qual o futuro da transição energética no Brasil? As fontes que utilizam combustíveis fósseis ainda terão espaço?   

Carlos Fadigas – Ao menos durante a fase de transição energética nós continuaremos convivendo com a diferentes fontes, inclusive fósseis, como as termelétricas. No futuro, porém, o objetivo é que somente as fontes limpas e renováveis sejam utilizadas regularmente.  


Essa é, inclusive, uma tendência global. Em 2022, por exemplo, as fontes renováveis responderam por mais de 83% de toda a capacidade de energia adicionada aos sistemas elétricos. Por isso, não tenho dúvidas de que o Brasil pode ser um dos líderes da transição energética no mundo.